quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Líder ou capataz
Outro dia um colega professor me mostrou um vídeo de um consultor, não me lembro qual, destes que são audiência garantida no Youtube, estava falando sobre os perfis de liderança que são encontrados nas organizações. E fez uma comparação do papel dos gerentes com a figura escravocrata do capataz, onde ele assume apenas função de fiscalizador dos seus "subordinados".
Na gestão moderna não existe mais espaço para a cultura da senzala, ainda que muitos insistam em fazer uso dela, como também não tem espaço para o papel do "escravo" (só trabalha no chicote). A gestão de pessoas, retenção de talentos, pesquisa de clima organizacional são temas que vem sido exaustivamente discutidos nas empresas. Mas onde anda a implementação? Em empresas de todos os tamanhos esta deveria ser uma preocupação constante, e estas deveriam ser ferramentas que auxiliam à identificar e a formar líderes de fato, e não apenas reter e identificar bons técnicos. Mas quantas destas empresas tem se preocupado em forma ou identificar líderes ao invés de capatazes? Muitas vezes empresas promovem um bom técnico à gerente e acabam perdendo bom técnico e ganhando um péssimo gerente.
Nas conversar com colegas de várias empresas, alunos da faculdade que já estão no mercado de trabalho e outros professores que também tem outras atividades além de lecionar, percebo que a grande maioria de suas empresas possuem poucos ou nenhum LÍDER, mas apenas gerentes. A identificação e formação de líderes, dentre outras coisas, ajuda a garantir a eficiência, eficácia, e motivação do grupo. Gosto da definição da função do líder dada por James Hunter no livro O monge e o executivo, quando ele diz "o líder deve suprir as reais necessidades de seus liderados".
Líder é aquele que consegue guiar as pessoas para alcançar os objetivos da organização, e não apenas impeli-las à realizarem suas atividades. Para isto, primeiramente a equipe precisa, dentre outras coisas, conhecer qual é o propósito de sua existência, onde estão e onde devem chegar, fazê-los perceber que fazem parte do rumo que organização ou simplesmente a equipe está trilhando. Muitas vezes para tentar alcançar seus objetivos fazem uso de jargões como: "Vista a camisa da empresa" ou "A empresa é você", que na maioria das vezes é mais desmotivador do que motivador. Eu preferiria dizer: "VOCÊ É A EMPRESA!!!", ou seja, a empresa será o que você deseja ser, o que você está sendo hoje.
Para nós que somos de tecnologia, acostumados a lidar mais com máquinas e programas precisamos aprender a valorizar mais a figura humana, a qual é fator crítico para alcançarmos nossos objetivos. Isto não significa que devamos fazer das pessoas degraus para alcançá-los, mas deixando-as fazer parte dos objetivos alcançados.
Procura-se líderes e não capatazes.
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ei, muito interessante esse texto! Inclusive eu tenho um vídeo de um desses caras de audiência garantida falando sobre relações do trabalho, e ele diz exatamente isso! Vou mandar pra tu. Parabéns pelo blog.
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